STJ define primazia do contrato definitivo sobre preliminares em casos de discrepâncias
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) estabeleceu que contratos definitivos têm precedência sobre acordos preliminares, especialmente se estes últimos forem modificados de comum acordo pelas partes envolvidas. A decisão (REsp 2.054.411) veio após a análise de um recurso que questionava a responsabilidade pelo pagamento de passivos trabalhistas na venda de um restaurante, onde o contrato preliminar e o definitivo apresentavam obrigações distintas para compradores e vendedores, respectivamente.
O ministro Moura Ribeiro, relator do recurso, destacou a importância da autonomia das partes em negócios jurídicos, ressaltando que o contrato preliminar serve como uma etapa preparatória, que pode ser alterada conforme o interesse mútuo. Ele reforçou que o artigo 463 do Código Civil permite a exigência de formalização do negócio conforme o acordo preliminar, mas isso não impede as partes de, posteriormente, alterarem os termos do contrato de maneira consensual, honrando o princípio da liberdade contratual.
A decisão do STJ reforça o conceito de liberdade contratual, permitindo que as partes possam, em última instância, revogar, modificar, ou substituir acordos anteriores, estabelecendo um novo contrato que substitui qualquer promessa ou acordo anterior.
Outras notícias
08 outubro 2024
Multa por sonegação, fraude ou conluio se limita a 100% da dívida tributária, decide STF
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que as multas aplicadas pela Receita Federal em casos de sonegação, fraude ou conluio devem ser limitadas a 100% do valor da dívida tributária. Em casos de reincidência, a multa pode atingir 150% do valor devido. Os ministros destacaram que a Constituição exige que as multas sejam […]
02 outubro 2024
STJ: fundações sem fins lucrativos não têm direito a recuperação judicial
A 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, por quatro votos a um, que fundações sem fins lucrativos não se enquadram na Lei nº 11.101/2005 e, portanto, não podem pedir recuperação judicial. Prevaleceu o entendimento do ministro relator, Ricardo Villas Bôas Cueva, que defendeu que a Lei de Recuperação Judicial e Falências tem […]
27 setembro 2024
STF autoriza bancos a compartilharem com os estados informações sobre transações eletrônicas
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) validou, por maioria, regras de convênio do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que obrigam as instituições financeiras a fornecer aos estados informações sobre pagamentos e transferências feitos por clientes (pessoas físicas e jurídicas) em operações eletrônicas (como Pix, cartões de débito e crédito) em que haja recolhimento […]