Carf reconhece validade da distribuição desproporcional de lucros em sociedade de médicos
É válida a distribuição desproporcional de lucros em uma sociedade de médicos, já que não existe norma que proíba a distribuição exclusivamente via dividendos, sem a obrigatoriedade de pró-labore. O entendimento unânime é da 1ª Turma da 2ª Câmara da 2ª Seção do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf).
O caso envolve uma empresa formada por médicos que atendem hospitais. Os serviços são pagos para a pessoa jurídica, que depois os distribui conforme cada médico trabalhou. Para o Fisco, esses valores deveriam ser caracterizados como pró-labore, pois não remuneram capital investido e são repassados aos profissionais conforme a quantidade de trabalho.
A defesa da empresa argumentou que não existe norma que proíba esse tipo de distribuição de lucros desproporcional em relação ao número de ações de cada. Além disso, afirmou ser uma prática comum.
O conselheiro relator, Fernando Gomes Favacho, aceitou os argumentos apresentados pela defesa, reconhecendo a legitimidade da distribuição desproporcional. Ele considerou que não há uma norma que impeça a distribuição exclusivamente por meio de dividendos, sem a exigência de pró-labore. Seu posicionamento foi acompanhado pela turma.
Outras notícias
28 maio 2025
Ministério da Fazenda aumenta IOF, mas recuo parcial alivia pressão sobre remessas e fundos
O Ministério da Fazenda anunciou no dia 22 de maio um aumento nas alíquotas de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), com mudanças que afetam diversas operações. Porém, parte das medidas foram anuladas poucas horas depois, devido à grande repercussão negativa junto à sociedade. Inicialmente, a medida faria com que as remessas de dinheiro para contas […]
23 maio 2025
STJ admite, em casos excepcionais, impor teto para multa por descumprimento de decisão judicial
A 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que, em situações excepcionais, é possível limitar o valor das chamadas astreintes. O colegiado entendeu que a penalidade pode ser vinculada ao valor da obrigação principal discutida no processo, a fim de evitar que a cobrança atinja patamares considerados excessivos. O julgamento ocorreu no dia […]
08 maio 2025
STJ firma em recurso repetitivo que produção de bens não tributados também gera crédito de IPI
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou sob o rito dos recursos repetitivos que o benefício fiscal do artigo 11 da Lei 9.779/1999, que concede crédito de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na produção de bens industrializados isentos e com alíquota zero, também é aplicável aos casos em que o produto final não é tributado. […]